NOVO quer parceria com setor privado para ampliar testagem e mais autonomia regional
Depois de apontar críticas ao Modelo de Distanciamento Controlado e pedir a revogação da bandeira preta para possibilitar a volta as aulas, os deputados e vereadores do Partido NOVO encaminharam ao Gabinete de Crise uma série de sugestões ao novo modelo de combate a pandemia que está sendo elaborado pelo governo.
“Vários países do mundo conseguiram reduzir as restrições ao trabalho e a locomoção adotando uma política efetiva e inteligente de testagem e rastreamento de contatos, para isolar somente os contaminados e permitir que a atividade econômica funcione com segurança. Estamos há mais de um ano em pandemia e ainda não aprendemos a fazer isso. É preciso começar para já” aponta o deputado Giuseppe Riesgo, líder da bancada estadual.
Já a vereadora Mari Pimentel (NOVO) reforça a necessidade de parceria com o setor privado “Sabemos das dificuldades financeiras dos estados e municípios e defendemos que essa política seja feita em parceria com o setor privado, que é o mais interessado em ficar de portas abertas. Podemos criar incentivos para que as empresas testem seus trabalhadores”, relata.
Além da testagem, o NOVO também indica outras sugestões importantes ao modelo, e reforça a necessidade de simplificação, tendo em vista que o modelo anterior possuía 11 indicadores pouco compreensíveis pela população. Os parlamentares reforçam que é preciso ser objetivo, trabalhar com informações mais simples e de fácil adesão.
Confira as sugestões:
Eixo Modelo:
1. O Governo deve abandonar a ideia de ter um modelo decisor, com parâmetros fixados em decretos. O modelo e seus indicadores devem ser utilizados apenas como instrumento e não como único fator para a tomada de decisão;
2. Adotar o princípio da parcimônia, com indicadores simples e transparentes (poucos indicadores, de fácil entendimento para a população, e facilmente verificáveis);
3. Evitar seguidas alterações dos indicadores e adição de novas variáveis. Isto dificulta o entendimento do modelo, não fornece segurança temporal para a população e compromete o cumprimento das regras propostas;
4. Incorporar ao novo plano de enfrentamento coronavírus, de forma não impositiva, indicadores preditivos de momentos de maior risco epidemiológico, para que as decisões sejam tomadas de forma preventiva e não apenas reativa, como acontecia no modelo do distanciamento controlado;
Eixo Política Pública:
5. Viabilizar um aumento significativo da testagem e das políticas de rastreamento da Covid-19 estabelecendo, se necessário, barreiras sanitárias em cidades ou locais chaves. (a testagem deve, no entanto, ser inteligente e levar em conta o crescente número de vacinados na população gaúcha);
6. Incentivar decisões descentralizadas dos agentes econômicos para que a testagem seja aumentada tanto por setores da economia como por municípios, permitindo uma eventual flexibilização de protocolos em locais de testagem ampla e frequente;
7. Adotar maior cautela ao instituir restrições mínimas obrigatórias ou protocolos que alterem a escala de produção das empresas. Para alguns setores, instituir uma restrição de 25%, por exemplo, pode ter um efeito quase tão perverso quanto fechar tudo por um tempo determinado, sem que necessariamente haja uma redução significativa das taxas de transmissão;
Eixo Regras De Aplicação:
8. Dar preferência a um plano de enfrentamento ao coronavírus de caráter não impositivo aos municípios, que deve servir de guia e funcionar por adesão;
9. Caso o novo plano seja impositivo, então deve incluir uma compensação estadual para as perdas geradas aos municípios ou empreendedores;
10. As regiões que receberem alertas do Gabinete de Crise devem ter prazo factível para publicar a resposta técnica sobre as ações a serem adotadas para reforçar o combate à pandemia, devendo ser considerado pelo referido Gabinete se já há plano de ação regional de enfrentamento ao coronavírus antes da imposição de novas restrições.
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