Redes sociais do PSDB distorcem informações sobre reforma tributária
As redes sociais do PSDB RS, partido do governador Eduardo Leite, têm usado informações distorcidas sobre a reforma tributária proposta pelo governo. A sigla não só defende as medidas como também desqualifica as críticas feitas pela Bancada do NOVO às propostas, fazendo comparações bastante duvidosas com a administração Romeu Zema (NOVO), que governa Minas Gerais, através de montagens nas redes sociais.
A Bancada do NOVO acompanha com preocupação a partidarização de um debate tão importante para o futuro do Estado. Segundo o líder da Bancada, Fábio Ostermann, a proposta precisa ser debatida no seu mérito. “Não faz sentido, neste momento, fazer comparações partidárias. Não vamos atribuir responsabilidades ao governador Eduardo Leite, dos erros dos tucanos Aécio Neves ou Eduardo Azeredo, que ajudaram a colocar Minas na grave situação financeira que está”, afirma.
Segundo as redes sociais do PSDB, a reforma tributária de Eduardo Leite vai reduzir a alíquota de ICMS sobre combustíveis de 30% para 25%, enquanto em MG é de 30%. A publicação não informa, no entanto, que mesmo sem as medidas propostas pelo governador, a alíquota será de 25% no ano que vem, já que está temporariamente elevada para 30%, a pedido do próprio Eduardo Leite, com prazo que se encerra no final do ano.
No caso do IPVA, a distorção de informações é ainda mais evidente. Para tentar atenuar o fato de que a reforma prevê uma elevação de alíquota de 3% para 3,5% no veículos, os tucanos comparam a proposta com o IPVA atual de MG, que é de 4%, e tentam atribuir responsabilidade ao atual governador Romeu Zema (NOVO). Porém, a verdade é que quem elevou o IPVA em Minas foi o então governador Eduardo Azeredo, do próprio PSDB.
A Bancada do NOVO acompanha com atenção a situação de Minas Gerais. Além de ser um dos estados com pior situação fiscal, Zema também enfrenta os desafios de colocar em ação novas práticas políticas na composição de uma base de apoio, sem recorrer aos métodos tradicionais na formação de governo.
O foco da Bancada é o Rio Grande do Sul, onde temos nos pautado pela firmeza e independência, apoiando as reformas da previdência e de pessoal propostas pelo governador Eduardo Leite. Contudo, o partido se opôs em outros temas, como o pagamento de penduricalhos aos procuradores do Estado, uma das carreiras mais bem remuneradas do serviço público, e a venda fatiada de ações do Banrisul.
Diante de uma proposta que consolida o aumento de impostos temporários aprovados no passado, a Bancada tem se posicionado de forma contrária. Para o líder do partido, Giuseppe Riesgo, chamar de reforma, o que na verdade é um aumento de impostos, distorce a realidade. “O aumento de alíquotas era temporário, não podemos consolidá-lo por outros meios, ainda mais no momento em que se debate uma reforma tributária federal.”