Os deputados estaduais do Partido Novo apresentaram na Assembleia Legislativa um projeto de lei para universalizar a meia-entrada no Rio Grande do Sul. Se aprovada, a proposta garantir\u00e1 a todos que residem no estado o direito de pagar a metade do valor do ingresso em eventos culturais. Na pr\u00e1tica, o projeto corrige as distor\u00e7\u00f5es criadas pela pol\u00edtica nacional da meia-entrada e torna mais igualit\u00e1rio o acesso \u00e0 cultura e ao lazer no RS.<\/p>\n\n\n\n
“Queremos tornar igual o benef\u00edcio a todos os ga\u00fachos, promovendo de forma mais efetiva o acesso \u00e0 cultura e corrigindo distor\u00e7\u00f5es geradas por pol\u00edticas p\u00fablicas mal focalizadas, que – ao contr\u00e1rio do que pretende -, favorece muitas pessoas que n\u00e3o precisam deste tipo de subs\u00eddio”, justifica o deputado F\u00e1bio Ostermann.<\/p>\n\n\n\n
Como o Parlamento Ga\u00facho n\u00e3o t\u00eam prerrogativa para revogar a legisla\u00e7\u00e3o federal, a Bancada do Novo optou por propor a extens\u00e3o do benef\u00edcio a todos. Conforme o texto do projeto, a meia-entrada universal \u00e9 v\u00e1lida para jogos esportivos e espet\u00e1culos de cinema, teatro, m\u00fasica e circo, entre outros. Para ter direito ao desconto, ser\u00e1 necess\u00e1rio apresentar comprovante de resid\u00eancia e documento de identidade com foto.<\/p>\n\n\n\n
“O atual formato da meia-entrada \u00e9 injusto e excludente. Privilegia de forma irrestrita um grupo muito amplo de pessoas, sem distin\u00e7\u00e3o social, como idosos ricos e universit\u00e1rios de classe alta, e prejudica os mais pobres que n\u00e3o tem acesso ao benef\u00edcio. Por exemplo, uma empregada dom\u00e9stica de 45 anos que ganha um sal\u00e1rio m\u00ednimo paga o valor inteiro, enquanto uma estudante de medicina da PUCRS paga meia”, alerta o deputado estadual Giuseppe Riesgo.<\/p>\n\n\n\n
Outro efeito nocivo da atual pol\u00edtica nacional da meia-entrada \u00e9 o aumento generalizado dos pre\u00e7os. Diante da obriga\u00e7\u00e3o de oferecer desconto de 50% sobre o valor original, organizadores de eventos culturais e desportivos costumam elevar o valor de todos os ingressos para compensar as perdas com a meia-entrada.<\/p>\n\n\n\n
“Trata-se de um pol\u00edtica sem efeito pr\u00e1tico, que encarece o valor do ingresso para todos. O mais razo\u00e1vel \u00e9 tornar a meia-entrada universal, permitindo que promotores de espet\u00e1culos possam criar promo\u00e7\u00f5es espec\u00edficas, resguardando assim a livre iniciativa e permitindo que sejam criadas outras formas mais efetivas de acesso \u00e0 cultura para a popula\u00e7\u00e3o mais vulner\u00e1vel”, defende Ostermann.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Os deputados estaduais do Partido Novo apresentaram na Assembleia Legislativa um projeto de lei para universalizar a meia-entrada no Rio Grande do Sul. Se aprovada, a proposta garantir\u00e1 a todos que residem no estado o direito de pagar a metade do valor do ingresso em eventos culturais. Na pr\u00e1tica, o projeto corrige as distor\u00e7\u00f5es criadas […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":818,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":[],"categories":[1],"tags":[],"yoast_head":"\n