A Bancada do NOVO votou a favor da cassação do deputado Ruy Irigaray (PSL), nesta segunda-feira (29/11), na Comissão de Ética da Assembleia Legislativa. O relatório foi apresentado pelos deputados Beto Fantinel (MDB), Mateus Wesp (PSDB) e Dalciso Oliveira (PSB), que integraram a subcomissão processante que investigou as denúncias, e indicaram a cassação do parlamentar pela utilização de funcionários fora das funções parlamentares.
De acordo com a Bancada do Novo, o Relatório da subcomissão processante é robusto, apresenta provas concretas e conseguiu comprovar a utilização de assessores pagos com dinheiro público para reformar a casa da sogra do deputado.
Odeputado Fábio Ostermann e mais 11 parlamentares integram a Comissão de Ética, que entendeu pela perda do mandato por unanimidade. O pedido de cassação ainda será votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e depois segue para o Plenário, onde a expectativa é que seja aprovado.
O deputado estadual Fábio Ostermann (NOVO) manifestou, nesta quinta-feira (25/11), críticas ao projeto de lei que cria uma extensão ao auxílio-mudança para juízes no Rio Grande do Sul. Conforme a proposta, o magistrado que pedir, por conta própria, para mudar de comarca, também receberá o benefício, que pode chegar a R$ 65 mil. Atualmente, apenas magistrados que trocam de cidade compulsoriamente (por decisão do Tribunal) recebem o benefício.
Presidente da Frente de Combate aos Privilégios, o deputado Fábio Ostermann apontou que a medida vai na contramão da situação fiscal do Estado e das reformas promovidas para conter os gastos públicos e o equilíbrio das contas.
“Vamos nos mobilizar para impedir que esse projeto avance na Assembleia Legislativa. Em um estado como o Rio Grande do Sul, que ainda se recupera de anos de má gestão nas contas públicas, não podemos criar mais privilégios para grupos específicos”, aponta.
De acordo com o Projeto de Lei 442/2021, magistrados que tiverem até três dependentes receberão de auxílio o mesmo valor do seu salário, enquanto juízes e desembargadores com mais de três dependentes ganharão até duas vezes o seu salário como auxílio.
Fim do auxílio-mudança para deputado
A Assembleia Legislativa extinguiu, em 2019, o auxílio-mudança para deputados estaduais. Por iniciativa da Bancada do Novo, foi aprovada a resolução que acabou com o benefício para parlamentares eleitos e reeleitos. Antes, os deputados tinham direito a receber duas cotas do auxílio de R$ 26 mil, uma no início e outra no fim do mandato. A decisão representa uma economia de R$ 2,8 milhões por legislatura.
Nesta quinta-feira (18/11), foi apreciado o parecer final da Lei Orçamentária Anual (LOA) do RS para 2022, na Comissão de Finança. De relatoria do deputado Matheus Wesp (PSDB), a Bancado do Novo manifestou concordância com o texto apresentado. Integrante da comissão, o deputado Giuseppe Riesgo votou favorável ao relatório, mas apontou ressalvas ao texto.
O deputado Giuseppe Riesgo destacou o orçamento realista e a boa análise conjuntural da situação fiscal do Estado trazida. No entanto, expressou preocupação quanto ao aumento de despesas correntes e da dívida com a União, além do comprometimento considerável dos recursos com a folha salarial.
Conforme Riesgo, os apontamentos são realizados com o intuito de preservar a responsabilidade fiscal e a boa alocação dos escassos recursos públicos. De acordo com o líder da Bancada do Novo, mesmo com um superávit primário de R$ 4 bilhões neste ano, o cenário fiscal do Rio Grande do Sul segue delicado.
“O esforço pela adesão ao regime de recuperação fiscal, pela aprovação de um teto de gastos sólido e não flexível, bem como a manutenção de políticas fiscais que promovam a austeridade fiscal e a responsabilidade com as contas públicas deve seguir sendo o norte deste e dos próximos governos”, aponta Giuseppe Riesgo.
Após a apreciação na Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controles no dia de hoje, segue para o plenário até o dia 30.
Cenário fiscal frágil
Entre as ressalvas apontadas, o deputado lembrou que, por força de decisão liminar, o Estado não está efetuando os pagamentos das parcelas da dívida com a União. Até o momento, o percentual que deixou de ser pago corresponde a mais de R$ 12 bilhões.
Segundo Riesgo, além disso, o Estado segue comprometendo fatias consideráveis do orçamento público com a folha salarial e, portanto, com despesas compulsórias de caráter continuado. “Essa medida (o que estrangula o orçamento e a capacidade de investimento do poder público hoje e futuramente”, argumenta.
Transparência
Riesgo destacou a ausência de diversos programas de investimentos anunciados pelo governo do Estado (Avançar-RS, Avançar na Educação, Avançar na Segurança, etc.) presentes no orçamento.
O parlamentar mencionou a necessidade de apontar claramente de onde sairão os recursos para custear estes investimentos. “Sabe-se que parte virá dos recursos extraordinários das privatizações, mas o governo irá suplementar o orçamento, posteriormente? Isso ainda não ficou claro e pode gerar insegurança sobre despesas que ainda não possuam garantia e orçamento próprios”.
Aumento de recursos
O deputado aponta a disparidade na alocação orçamentária de diversos Poderes e Órgãos. Como exemplo, indicou o crescimento exacerbado no orçamento da Fazenda (23%), da PGE (6%), e do Tribunal de Justiça (7%).
Em contrapartida, importantes áreas de interesse público como na educação, cresceram apenas 0,3%, e a segurança em torno de 2%.
Emendas parlamentares
Riesgo apontou incômodo pelo mecanismo de emendas parlamentares, preservado pelo atual governo. Conforme o líder da Bancada do Novo, a má dispersão do orçamento segue sendo a regra no mecanismo de repartição do orçamento. “Isso se dá também pela má representatividade que o nosso sistema eleitoral propicia, mas é justamente por isso que o Executivo não deveria discricionar fatias do orçamentos aos parlamentares”, posiciona.
O deputado finaliza a argumentação pontuando que a má alocação fica evidente, à medida que localidades mais populosas e representadas seguem sendo mais atendidas, a despeito das demais que seguem abandonadas.
Em reunião com a Bancada do Novo, o presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Luciano Dahmer Hocsman, expressou seu apoio à regulamentação responsável de bebidas nos estádios.
Os deputados da bancada do Novo na Assembleia Legislativa Giuseppe Riesgo e Fábio Ostermann são responsáveis por retomar um debate interrompido com a pandemia de coronavírus: a regulamentação de bebidas alcoólicas nos estádios gaúchos. A medida recebeu apoio de um grupo de parlamentares e de entidades representativas.
Responsável por reacender a discussão, o deputado estadual Giuseppe Riesgo (Novo) afirmou que uma minuta de projeto de lei está sendo desenvolvida para ser discutida com parlamentares apoiadores da proposta. “A nossa expectativa é terminar a redação do texto nos próximos dias, nas próximas semanas, com as reuniões com os deputados apoiadores da causa e os órgãos de segurança. E tentar encontrar os limites da legislação para fazer uma regulamentação responsável”, detalhou.
Segundo o parlamentar, é necessário saber quais serão as regras, os limites, em quais partes vai ser permitido e proibido beber nos estádios gaúchos. “A ideia é protocolar o projeto de lei com o máximo de assinaturas possíveis ainda este ano, para que a tramitação possa começar e a gente consiga chegar nesse entendimento e levar o projeto ao plenário o mais rápido possível”, enfatizou.
Além das reuniões com o grupo de parlamentares, o deputado Giuseppe Riesgo mobilizou um diálogo com a Brigada Militar e o Ministério Público sobre o tema.
Posicionamento da FGF
Apoiando a medida, a Federação Gaúcha de Futebol acredita que o Rio Grande do Sul possa seguir o exemplo de estados que já conseguiram regulamentar o consumo. Na bancada do Novo, os deputados dizem estar trabalhando em um projeto de lei que assegure a “liberação responsável” da prática.
O presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Luciano Hocsman, defende a liberação e considera que a decisão de liberar o consumo de bebida deva partir de uma construção coletiva, envolvendo muitas partes. “Nós acreditamos ser viável retomar a discussão desse assunto num amplo debate, num amplo diálogo e numa construção conjunta para que possamos, à frente também dos novos mecanismos de controle e de segurança presentes nos estádios, liberar a bebida”, disse o mandatário.
Amparo jurídico
No ano passado, o Supremo Tribunal Federal consolidou jurisprudência sobre a constitucionalidade de leis em estados como Paraná, Mato Grosso e Espírito Santo, que permitem o consumo durante os jogos.
Atualmente, 13 estados brasileiros já têm leis que regulamentam o comércio de bebidas em estádios. São eles: Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Alagoas, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Mato Grosso.
Fábio Ostermann já havia apresentado proposta semelhante, que foi incorporada pelo governo
A Assembleia Legislativa aprovou, na tarde desta terça-feira (23/11), a proposta que inclui a Educação como critério de repartição do ICMS no Rio Grande do Sul. Apresentado inicialmente pelo deputado Fábio Ostermann no início de fevereiro, o projeto foi incorporado com nova redação pelo Poder Executivo e seguiu para votação em regime de urgência no Plenário gaúcho.
O parlamentar celebrou a aprovação do projeto do governo do Estado, ao passo que compartilha da mesma iniciativa para reverter o cenário de baixos indicadores educacionais e atualizar a legislação gaúcha quanto às normas exigidas a nível federal. Conforme Ostermann, o ICMS Educação é amparado em uma política baseada em evidências e que visa ampliar a qualidade do ensino nos municípios gaúchos.
“Esta é uma oportunidade histórica de avançarmos em um tema absolutamente fundamental para o nosso Estado. Nós contribuímos em pautar este projeto por meio da nossa proposição, no início de fevereiro, bastante similar a proposta e que ajudou a ancorar o projeto do Governo na realidade do nosso Estado, nas boas evidências e nas discussões travadas estado a fora”, menciona Fábio Ostermann.
Ostermann ressalta que, nos últimos anos, o Ceará tornou-se referência na adoção de indicadores educacionais para a divisão de ICMS. O estado nordestino já possui esse mecanismo desde 2009 e, desde que a lei entrou em vigor, o ensino fundamental da rede pública cearense aumentou em quase 50% a sua média no Ideb.
Há mais de uma década, o Ceará registra médias de desempenho que superam as metas estabelecidas, subindo sete posições no ranking comparativo do ensino fundamental entre os estados. Por outro lado, em 2020, o desempenho do RS foi pior do que a média brasileira em mais da metade dos índices da Educação Básica.
Critérios da proposta
Pela proposta apresentada, o primeiro ano de transição será efetivado com a redução imediata de 10% no critério do Valor Adicional Fiscal (VAF) – de 75% para 65% no primeiro ano) – com a adição escalonada de participação da educação a partir da redistribuição dos demais critérios existentes no IPM, até chegar à redistribuição dos últimos 7%, totalizando os 17% do projeto de lei.
Serão incluídos, ainda, dois novos índices, o Índice Municipal de Ensino do Rio Grande do Sul (Imers) e a Participação no Rateio da Cota-parte da Educação (PRE). Segundo o governo do Estado, a proposta é de que os novos índices sejam aplicados de forma efetiva sobre os critérios de repartição do ICMS a partir de 2024, com uma transição escalonada até 2028.
A proposta que inclui a qualidade no ensino como critério para distribuição do ICMS entre os municípios pode ir a votação no Plenário gaúcho, nesta terça-feira (23/11). Proposto inicialmente pelo deputado Fábio Ostermann no início de fevereiro, o projeto agora conta com nova redação do Poder Executivo, que tramita em regime de urgência.
De acordo com Ostermann, a proposta do governo estadual incorpora a iniciativa do parlamentar, uma vez que os projetos compartilham do mesmo espírito para reverter o cenário de baixos indicadores educacionais e atualizar a legislação gaúcha quanto às normas exigidas a nível federal.
“Está claro que os indicadores educacionais do Rio Grande do Sul apresentam graves problemas e necessitam de uma reformulação estrutural em busca de reverter este cenário. Com a aprovação dessa medida, iremos fazer uma revisão do modelo atual, prestigiar os bons resultados alcançados e atualizar a legislação gaúcha a nível federal”, menciona Fábio Ostermann.
Ostermann ressalta que, nos últimos anos, o Ceará tornou-se referência na adoção de critérios educacionais para a divisão de ICMS. O estado nordestino já possui esse mecanismo desde 2009 e, desde que a lei entrou em vigor, o ensino fundamental da rede pública cearense aumentou em quase 50% a sua média no Ideb.
Há mais de uma década, o Ceará registra médias de desempenho que superam as metas estabelecidas, subindo sete posições no ranking comparativo do ensino fundamental entre os estados. Por outro lado, em 2020, o desempenho do RS foi pior do que a média brasileira em mais da metade dos índices da Educação Básica.
Critérios da proposta
Pela proposta apresentada, o primeiro ano de transição será efetivado com a redução imediata de 10% no critério do Valor Adicional Fiscal (VAF) – de 75% para 65% no primeiro ano) – com a adição escalonada de participação da educação a partir da redistribuição dos demais critérios existentes no IPM, até chegar à redistribuição dos últimos 7%, totalizando os 17% do projeto de lei.
Serão incluídos, ainda, dois novos índices, o Índice Municipal de Ensino do Rio Grande do Sul (Imers) e a Participação no Rateio da Cota-parte da Educação (PRE). Segundo o governo do Estado, a proposta é de que os novos índices sejam aplicados de forma efetiva sobre os critérios de repartição do ICMS a partir de 2024, com uma transição escalonada até 2028.
O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) terá um aumento médio de 22,33% no Rio Grande do Sul para 2022. Líder da Bancada do Novo, o deputado Giuseppe Riesgo está cobrando do governo do estado, em conjunto com o deputado Tenente Coronel Zucco, para que seja regulamentada a medida que prevê o parcelamento em até 10 vezes do IPVA, aprovado pelo projeto 84/2020 na Assembleia Legislativa.
Conforme Riesgo, é fundamental o parcelamento ser acolhido à medida que o Rio Grande do Sul ainda enfrenta um cenário econômico debilitado e os impactos ocasionais pela inflação no consumo e renda.
“Muitos gaúchos perderam seus empregos, rendas e empresas e tantos outros ainda lutam para se recuperar. A Assembleia Legislativa entende que este é um momento delicado e por isso aprovou com unanimidade, em 2020, o parcelamento deste tributo. Estamos cobrando celeridade do governo do Estado para regulamentar esta medida e desafogar a população gaúcha de mais este aumento”, menciona Riesgo.
O motivo do reajuste acontece pela falta de insumos, a alta de preços de matéria-prima e o aumento de outros custos de produção elevaram os preços dos carros novos. Com isso, não houve alteração nas alíquotas do imposto, mas sim uma elevação nos preços usados no cálculo.
Riesgo ressata, ainda, que o parcelamento tem pouco impacto no fluxo de caixa do Estado. Atualmente, o Estado possui um superávit financeiro de 4 bilhões de reais, não havendo a necessidade de concentrar a arrecadação do IPVA em poucos meses para fazer frente a antigos problemas de fluxo de caixa.
Os deputados encaminharam um ofício ao Secretário-chefe da Casa Civil, Arthur Lemos Júnior, cobrando a regulamentação da medida o mais breve possível.
IPVA 2022
De acordo com a nova tabela de preços, em média, os automóveis terão um acréscimo de 21,63%; caminhonetes e utilitários de 23,54%; caminhões de 25,28%; ônibus e microônibus de 14,48%; motos e similares de 23,13%; e motor – casa de 10,03%.
Texto: Mélani Ruppenthal. Foto: Divulgação ALRS/ Agência de Notícias.
Nesta quinta-feira (18/11), em solenidade no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa, o diretor do Instituto Ling, William Ling, recebeu a Medalha do Mérito Farroupilha. A maior honraria concedida pelo Parlamento gaúcho foi entregue pelo proponente, deputado Fábio Ostermann, e pelo presidente da Casa, deputado Gabriel Souza (MDB), em cerimônia que teve a presença de familiares e amigos do homenageado, empresários, vereadores de Porto Alegre e Canoas, representantes de entidades, além do deputado Giuseppe Riesgo (Novo) e do deputado federal Marcel van Hattem (Novo/RS), que participou de forma virtual.
Na abertura da solenidade, o proponente da outorga traçou uma linha do tempo, ressaltando vários aspectos da trajetória do empresário, desde a chegada dos seus pais ao Brasil. Ao falar sobre a origem do homenageado, Ostermann destacou o pioneirismo da família que se estabeleceu no país inicialmente com poucos recursos e sem falar o idioma nativo, após escapar de um regime autoritário vivenciado na China.
“É uma homenagem à devoção desta família à ideia de ‘dar de volta’ a esse país que lhes acolheu e que lhes permitiu trilhar uma caminhada tão inspiradora. É também uma homenagem à contribuição fundamental à promoção das ideias de liberdade no Brasil e de um país mais justo e próspero,” menciona Fábio Ostermann.
Ostermann citou, como exemplo desse comprometimento cada vez mais sólido, a fundação do Instituto Ling no ano de 1995, que atua por meio do incentivo à educação, cultura e formação de lideranças. Desde então, a instituição concedeu bolsas a quase 500 estudantes brasileiros para estudar no exterior, se qualificar e voltar ao país trazendo contribuições. A fundação do Instituto de Estudos Empresariais (IEE), entidade da qual foi o primeiro presidente e se dedica a formação de jovens e a defesa de ideias de liberdade, também marcou sua trajetória.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gabriel Souza (MDB), disse que a filantropia, dentre todas as atividades que fazem parte do currículo de Ling, é a que mais se destaca. Avaliou que o Instituto Ling e o IEE prestam um serviço inestimável à sociedade gaúcha.
Legado
Emocionado, o empresário ressaltou a trajetória familiar e o trabalho desempenhado no grupo Évora. Atualmente, o conglomerado empresarial tem ações em 14 países e emprega milhares de pessoas mundo afora, gerando valor e melhorando a vida de milhões por meio dos seus produtos.
O homenageado recordou sua primeira viagem ao exterior a trabalho na Alemanha, em 1980, ocasião em que foi questionado se o Brasil não “deslanchava” porque o brasileiro não gosta de trabalhar. “Respondi que o brasileiro é trabalhador, é pacífico, tolerante, mas que sobrevivia da mão para a boca, pois a inflação de quase 100% ao ano corroía sua renda e abalava sua dignidade”, lembrou.
Ling ressaltou ainda que grande parte da nossa elite não exercia seu papel de apontar o caminho do desenvolvimento e que, naquele momento, ficou claro que tinha a responsabilidade indelegável de fazer algo para mudar o Brasil e que foi esse senso de responsabilidade que o levou a fundar, com a ajuda de amigos, em 1984, o IEE.
O empresário ainda distinguiu os termos “filantropia” e “caridade”. Segundo Ling, a caridade resulta da compaixão e se manifesta por meio de doações ou voluntários pontuais para diminuir o sofrimento de alguém com cunho assistencialista. Já a filantropia, disse, é um conceito mais amplo, em que é preciso realizar investimentos que promovam mudanças estruturais e duradouras em benefício de uma comunidade. “Isso exige um esforço maior, ter um plano sustentável, recursos, governança e gestão”, aponta.
Trajetória
Nascido em Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, é Bacharel em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e pós-graduado pela Arthur D. Little School of Management, em Cambridge, nos EUA. Também obteve o título de Master of Science in Management, na Universidade de Stanford, Palo Alto, EUA.
É presidente do Conselho de Administração e membro do Comitê Executivo da Évora S.A., holding que, por meio de suas controladas, atua na industrialização e comercialização de diversos produtos e também atua na área de florestamento, presente em 9 estados brasileiros e em outros 13 países nas Américas, na Europa, no Oriente Médio e na Ásia.
Reconhecido por sua atuação empresarial e por sua dedicação às causas sociais e filantrópicas, é fundador e diretor do Instituto Ling, instituição que já concedeu mais de mil bolsas de estudos para jovens brasileiros em programas de pós-graduação, mestrado e doutorado nas melhores universidades do mundo, investimento que já supera oito milhões de dólares.
Em 1984, também fundou o Instituto de Estudos Empresariais (IEE), entidade que exerce um papel voltado à formação de lideranças empresariais e públicas, possibilitando a ampliação da consciência da liberdade como valor político, moral e econômico. Mantendo o vínculo com a entidade, William também atuou como conselheiro do IEE em diversas gestões.
Texto: Mélani Ruppenthal. Foto: Joel Vargas | Agência ALRS
Na tarde desta quarta-feira (17/11), a Subcomissão que trata da situação dos repasses e pagamentos no âmbito do IPE-Saúde apresentou o seu plano de trabalho. O grupo composto pelos deputados Giuseppe Riesgo (NOVO), Pepe Vargas (PT), e Thiago Duarte (DEM) é responsável por averiguar a situação dos repasses e pagamentos no âmbito da entidade médica na Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle.
Conforme Riesgo, o planejamento foi estruturado com o objetivo de apurar os gargalos existentes para a situação financeira delicada do órgão, a falta de auditorias de serviços terceirizados, e os atrasos nos repasses governamentais e no pagamento de profissionais conveniados.
“Atualmente, o IPE-saúde representa um déficit superior a R$ 350 milhões. Este cenário impacta diretamente a qualidade de atendimento do órgão, causando prejuízos à população gaúcha e as empresas prestadoras de serviço”, pondera Giuseppe Riesgo.
Como encaminhamento da Subcomissão, serão realizadas audiências públicas com prestadores de serviços e usuários no primeiro momento. Após reunidas as demandas, os deputados irão direcionar estes relatos ao governo do Estado e órgãos de controle.
Atualmente, a entidade é responsável por cerca de 1 milhão de beneficiários e garante o atendimento médico e hospitalar a quase 10% da população do Rio Grande do Sul. Entre os convencionados, estão servidores civis e militares ativos, inativos e pensionistas. A maioria dos usuários colabora com 3,1% do salário mensal e o Estado deveria entrar com outros 3,1%.
Empresário ganhará a honraria proposta pelo deputado Fábio Ostermann (NOVO) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul
O fundador e diretor do Instituto Ling, William Ling, irá receber a medalha do Mérito Farroupilha, a mais alta honraria concedida pela Assembleia Legislativa do Estado, em cerimônia no Teatro Dante Barone, nesta quinta-feira (18/11), às 11h. A outorga foi proposta pelo deputado estadual Fábio Ostermann (NOVO).
Conforme Ostermann, a homenagem acontece pelo reconhecimento aos incentivos e contribuições prestadas à população gaúcha, com destaque nacional e internacional, quanto às áreas de educação, cultura, saúde e empreendedorismo.
“O trabalho realizado por William Ling, a partir de entidades como o Instituto Ling e o IEE, demonstram o mais alto grau de comprometimento para uma profunda mudança em nossa sociedade e um legado que permanecerá por décadas”, salienta Fábio Ostermann.
Voltado à formação de lideranças empresariais e públicas, por meio da fundação do Instituto de Estudos Empresariais, que alcançou prestígio e reconhecimento internacional, William Ling inspirou a criação de diversas entidades com o mesmo propósito por todo o Brasil. Após mais de três décadas, o IEE segue colaborando para a formação de jovens com base nos conceitos de economia de mercado e livre iniciativa.
Dando continuidade ao trabalho iniciado pela sua família que, vindos da China, Sheun Ming e sua esposa Lydia Wong buscaram retribuir ao Rio Grande do Sul e ao Brasil a boa recepção que tiveram. Ling fundou e direciona, há 27 anos, uma organização sem fins lucrativos dedicada à promoção da educação, cultura e saúde.
O Instituto Ling oferece desenvolver discentes com destacada atuação acadêmica, perfil de liderança e capacidade para atuar em benefício da sociedade. Até o momento, a organização filantrópica já concedeu mais de mil bolsas de estudos para jovens brasileiros oriundos de grupos sociais menos favorecidos, sendo 392 para programas de pós graduação, mestrado e doutorado nas melhores universidades do mundo, um investimento que já superou US$ 8 milhões.
O deputado destaca ainda que, sob a liderança de William Ling, o instituto expandiu sua frente de atuação para a saúde. Em 2015, unindo-se à iniciativa da Associação Hospitalar Moinhos de Vento, o Instituto Ling apoiou a implantação do Centro de Oncologia Lydia Wong Ling, que se tornou referência internacional em prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer. E, em 2019, estabeleceu parceria com a Santa Casa de Misericórdia, contribuindo para a construção de um novo prédio para o complexo hospitalar em Porto Alegre.
Sobre o homenageado
Nascido em Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, é Bacharel em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e pós-graduado pela Arthur D. Little School of Management, em Cambridge, nos EUA. Também obteve o título de Master of Science in Management, na Universidade de Stanford, Palo Alto, EUA.
É Presidente do Conselho de Administração e membro do Comitê Executivo da Évora S.A., holding que, por meio de suas controladas, atua na industrialização e comercialização de: não-tecidos de polipropileno (Fitesa S.A.); de latas de alumínio e embalagens metálicas (Crown Embalagens); de tampas plásticas (America Tampas); e, por meio da Rio Novo Florestal, também atua na área de florestamento, presente em 9 estados brasileiros e em outros 13 países nas Américas, na Europa, no Oriente Médio e na Ásia.
Reconhecido por sua atuação empresarial e por sua dedicação às causas sociais e filantrópicas, é fundador e diretor do Instituto Ling, instituição que já concedeu mais de mil bolsas de estudos para jovens brasileiros em programas de pós-graduação, mestrado e doutorado nas melhores universidades do mundo, investimento que já supera oito milhões de dólares.
Em 1984, também fundou o Instituto de Estudos Empresariais (IEE), entidade que exerce um papel voltado à formação de lideranças empresariais e públicas, possibilitando a ampliação da consciência da liberdade como valor político, moral e econômico. Mantendo o vínculo com a entidade, William também atuou como conselheiro do IEE em diversas gestões.
Texto: Mélani Ruppenthal. Foto: Divulgação / Família Ling